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A Comissão da Mulher do Estado do Maranhão apresenta ao público o Projeto Inspire-se que visa contar histórias, desafios e oportunidades vividas pelas contadoras. Desta forma conhecemos um pouco mais da trajetória de cada profissional entrevistada, além de servir como inspiração para o nosso dia-a-dia, afinal não se pode ser aquilo que não se pode ver. A entrevistada do mês de junho é a contadora, empresária, consultora, ex. conselheira do Conselho Regional de Contabilidade do Maranhão e professora Socorro Silva. Através da entrevista conhecemos um pouco a contadora batalhadora que tanto contribui para a classe contábil.
Determinação foi um fator decisivo na jornada dessa profissional que de origem simples sonhava ter seu próprio empreendimento. Sem verbas para começar uma empresa vislumbrou na contabilidade uma maneira de iniciar seu sonho. Entrou na faculdade de contabilidade e desde então não parou mais. Boa leitura e inspire-se…
Como foi a escolha da contabilidade como profissão? Contabilidade não foi minha primeira escolha, pensei em cursar Administração visando ter minha própria empresa, mas após um conselho de ex bancário e tirar dúvidas com um contador sobre sua atuação na área da Contabilidade, vi a oportunidade de começar a seguir meu objetivo do zero.
A contabilidade no Brasil por muitos anos foi uma profissão exercida, predominante, por homens. Durante sua jornada profissional você encontrou alguma resistência por ser mulher? Sim, tiveram muitas dificuldades na busca dos primeiros clientes. Por eu ser mulher e jovem, acreditavam que não teria a capacidade de cuidar de uma empresa onde o dono era um homem. E através de um desafio que fiz ao cliente, provei que tinha capacidade e acabou dando certo, tanto que até hoje o empresário é meu cliente.
Estamos na era da tecnologia e por conta dos avanços dos últimos tempos muitos falam do fim da contabilidade. O que você pensa a respeito? Acredito que não seja um fim e sim um recomeço, pois a tecnologia não vai substituir o contador ou pôr um fim na contabilidade, mas sim trazer melhorias, fazendo com que o contador saia do operacional, tornando a profissão mais visível e valorizada. A tecnologia sendo utilizada corretamente em determinados setores da contabilidade otimiza tempo e podemos usa-los para orientar e estar mais presente no dia-a-dia dos nossos clientes.
O Brasil tem um número significativo de ME e EPP, que por sua vez não possuem a cultura de utilizar os relatórios contábeis para tomar decisões. A maioria deles solicitam apenas a folha de pagamento e cálculos dos tributos. Como é realizada, junto aos clientes, a conscientização da utilização dos relatórios contábeis para gerenciar a empresa? Mostrando ao cliente a ferramenta que é a contabilidade para gestão do negócio com mais eficácia. Além das possibilidades e oportunidades que surgem quando a empresa está formalizada e com a documentação em dias. Dentre várias oportunidades podemos citar a o conhecimento dos números das empresas e seus indicadores; abertura de crédito bancário; negociação de juros menores, por exemplo, além do cliente está apto para participar de licitações. A formação de preço do produto ou serviço só é possível quando o cliente tem acesso as todas as informações. Muitos empreendedores não estão cientes dessas vantagens.
O CFC e CRC fazem um bom trabalho no sentindo de valorizar o profissional contábil? Apesar dos avanços que deram visibilidade para a Contabilidade ainda temos muito que melhorar. O que não minimiza a responsabilidade do profissional de contabilidade em participar mais juntos ao conselho neste processo de valorização da classe.
Quais sugestões de ações ou conteúdos que o CRC Mulher poderia colocar em prática? Temas como: Motivação e empreendedorismo, podem elevar a autoestima de mulheres que estão por trás das cenas, colocando-as em destaque, para assim estimular outras mulheres contabilistas demonstrando que é possível empreender e não somente depender de um emprego, mas gerar emprego. Não esquecendo também da assistência no suporte em relação à saúde tanto mental quanto física.
Quais as principais dificuldades encontradas pela classe contábil, em sua opinião? Combater a cultura, de alguns empresários, à sonegação fiscal. Além das práticas de concorrência pelo menor preço e a desvalorização aos honorários no mercado, geralmente praticado por profissionais informais. Os contadores devem se conscientizar que nossas empresas contábeis precisam ser lucrativas. Precisamos monetizar nossas empresas. Fazer um planejamento estratégico e calcular preços de maneira técnica objetivando lucros e crescimento e não apenas o almoço do dia-a-dia. Precisamos remunerar melhor e dar condições de trabalho melhores para nossos colaboradores. Outro ponto que também merece destaque é em frente aos órgãos, pois o contador não é bem visto pelo fisco, mesmo que ele seja um profissional fundamental para desempenho de algumas funções do governo.
Qual seu maior desafio para abrir e manter o escritório de contabilidade? Um dos primeiros desafios foi o financeiro, depois o preconceito por ser mulher e jovem. Terceiro, para manter, havia desafios com relação à fidelização do cliente, demonstrando confiança, inovando sempre, agregando valor ao negócio para que se fidelizasse e buscasse a manutenção dos contratos.
Comissão da Mulher Contabilista do Maranhão
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