Uma mulher à frente do CRCMA

O ano de 2022 começou com o pé direito na luta das mulheres pela equidade, pois em janeiro deste ano o Conselho Regional de Contabilidade do Maranhão elegeu uma mulher para ocupar o cargo de Presidente.

Ana Lígia Coelho Martins, 34 anos, contadora, empresária contábil é a segunda mulher a ser eleita presidente do CRCMA e será nossa primeira entrevistada de 2022, no projeto Inspire-se, idealizado pela Comissão da Mulher Contabilista.     

No dia 11 de fevereiro Ana Lígia recebeu, com entusiasmo, as contadoras Lailde Silva e Vanessa Monteles na sede no CRCMA para contar um pouco da sua história e como está sendo seus primeiros dias de gestão à frente do Conselho de Contabilidade. A seguir conheça um pouco mais sobre nossa Presidente.

Por que Contabilidade como profissão? “Não foi minha primeira opção (risos), pois queria cursar direito, entretanto tínhamos problemas com a contabilidade da empresa da família e foi daí que surgiu a ideia de fazer o curso, e em 2004 ingressei na UNDB”.

Como foi o início da carreira? “Logo assim que me formei, julho de 2010, abri um escritório com mais 3 amigos tendo como clientes os amigos e familiares. Durante este período nos reversarmos para atender os clientes, ao tempo que não poderia deixar definitivo o empreendimento da minha família. Foi somente em 2013 que tomei a decisão de seguir carreira solo”.

Em algum momento da sua carreira você imaginou ser a Presidente do CRC? “Não foi algo que idealizei, mas meu pai (in memoriam) acreditou em mim mais que eu mesma. De origem humilde e muito trabalhador ele sempre me ensinou que não tem tempo ruim para trabalho e sempre temos de estar dispostos a ajudar o próximo a qualquer hora do dia. Lembro que me dizia que eu seria uma “pessoa importante”. E para chegar onde cheguei não posso também deixar de citar meus amigos que acreditaram em mim uma possibilidade de melhoria para nosso estado através do CRC”.

Com pouco dias de gestão quais os principais problemas você identificou dentro do CRC? “Internamente, diria que seria unir todos os conselheiros e dá melhores condições para os funcionários trabalharem. Externamente, diria que o contador ainda não se sente representado e quero exercer através do meu trabalho a representatividade, de forma que ao surgir um problema estaremos lá para falar em nome da classe. Nos posicionaremos diante de órgão e demais setores levando a demanda dos contabilistas maranhenses”.

Como a Comissão da Mulher pode ser mais atuante dentro do CRC? “Sei que toda mulher quando se propõe fazer algo sempre faz com qualidade, competência e excelência. Nossa gestão quer ouvi-las e entendê-las ao mesmo tempo que proporcionaremos união e inclusão entre as mulheres, pois sei que atuando dentro do sistema CRC irão contribuir para melhorar o Conselho”.

Quais os planos para o CRC até o fim da sua gestão? “Fazer os projetos apresentados na campanha, trazer qualidade na informação para o melhor desenvolvimento profissional e sempre ouvir a demanda do contador. Fazer as coisas acontecerem é o nosso lema, pois está intrínseco na equipe através do trabalho diário dentro do Conselho”.

Você atrelaria algum(uns) fato(s) específico(s) que justificasse a baixa participação das mulheres dentro do sistema CFC/CRC? “Não conhecer quem faz parte do sistema e como ele funciona distancia as mulheres deste espaço gerando uma desconfiança no sistema, pois não se sentem representadas. Acredito, também, que a falta de oportunidade de poder estar aqui dentro acaba desencorajando o maior envolvimento delas”.