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As medidas de combate e prevenção ao novo coronavírus levaram à suspensão de aulas presenciais em todo o Brasil. Com o fechamento das portas das instituições de ensino superior, a Educação a Distância (EaD) surgiu como alternativa para garantir a aprendizagem dos estudantes. O impacto disso no mundo pós-pandemia foi discutido em um painel da 12ª edição do Encontro Nacional de Coordenadores e Professores do Curso de Ciências Contábeis (ENCPCCC). O evento é uma realização do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e da Academia Brasileira de Ciências Contábeis (Abracicon).
“O impacto do ensino a distância no pós-pandemia” contou com a mediação do contador e vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do CFC, Aécio Prado Dantas Júnior. Na ocasião, ele afirmou que o uso da tecnologia transformou a relação entre aluno e professor. “Desde o início dessas mudanças, em meados de março, o espírito colaborativo existiu e nós vemos que ele permanece até hoje. Como exemplo, temos alguns alunos que passaram a auxiliar os professores para que o resultado alcançado fosse o melhor possível”, ele pontuou.
A Profa. Dra. Maria Ivanice Vendruscolo, do Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), foi uma das convidadas para o debate. Segundo ela, foi necessária uma quebra de paradigma educacional, pois a comunidade acadêmica tinha algumas ressalvas com o ensino a distância.
“Para essa adaptação acontecer, tivemos que fazer uma grande reflexão sobre o assunto. Constatamos que o principal desafio a ser superado é a capacitação. Afinal, se não houver, o professor apenas leva o modelo da sala de aula para a plataforma. Por isso, foi essencial garantir aos docentes uma construção de conhecimentos em EaD”, ela alertou.
Enquanto em algumas instituições a adaptação ao ambiente digital teve que ser imediata, em outras o modelo já havia sido adotado., como é o caso da Trevisan Escola de Negócios. O presidente da empresa, Antoninho Marmo Trevisan contou parte da experiência que já vinha acontecendo há dois anos. “A migração do presencial para o digital é um processo longo, trabalhoso e complexo. Inicialmente buscamos profissionais qualificados e nos inspiramos em alguns modelos consolidados no exterior. Foi preciso muita instrução e conhecimento específico”.
A diretora acadêmica e regulatória da escola de negócios, Renata Bianchi, também participou dessa transformação. “Quando tivemos que fechar o prédio ficamos tranquilos, pois era algo que já estávamos implementando. Investimos mais de R$5 milhões na aquisição de novas plataformas e na criação de uma equipe especializada para garantir qualidade nas produções de streaming”.
Em sua fala, o contador José Carlos Fortes, Founder & Chairman da Fortes Tecnologia, destacou a possibilidade das aulas remotas continuarem a acontecer no período pós-pandemia. “Embora tudo tenha acontecido de maneira emergencial, fizemos em seis meses o que seria operacionalizado em cinco ou dez anos. Claro que alguns retoques devem ser feitos, mas o legado fica. Imagino que todos continuarão a unir educação e tecnologia. De qualquer forma, parcial ou híbrida, tudo isso terá um impacto imediato no mercado de trabalho”.
A programação do XII Encontro Nacional de Coordenadores e Professores do Curso de Ciências Contábeis (ENCPCCC) segue até o dia 30 de setembro, das 15h às 18h, via Zoom. Clique aqui para assistir ao painel “O impacto do ensino a distância no pós-pandemia” na íntegra.
Fonte: Comunicação CFC
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