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A Secretaria da Receita Federal informou na última terça-feira (25) que a arrecadação federal de impostos, contribuições e demais receitas atingiu R$ 1,878 trilhão em 2021.
Em valores corrigidos pela inflação, a arrecadação totalizou R$ 1,971 trilhão, o que representa novo recorde e alta real de 17,36% na comparação com o mesmo período do ano passado (R$ 1,679 trilhão).
Os números da Receita Federal mostram ainda que essa foi a maior arrecadação para um ano desde o início da série histórica, em 1995.
Com isso, o resultado representa a maior arrecadação em 27 anos.
O aumento da arrecadação no ano passado aconteceu em um cenário em que analistas projetaram alta no Produto Interno Bruto (PIB) acima de 4%, após a forte queda do nível de atividade registrada em 2020 por conta da pandemia da Covid-19.
Também contribuiu para o aumento da arrecadação o aumento do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), com validade do dia 20 de setembro em diante. Ao anunciar a medida, a área econômica informou que o objetivo era custear o Auxílio Brasil em novembro e dezembro.
Além disso, “fatores não recorrentes”, como recolhimentos extraordinários, também ajudaram a melhorar a arrecadação. Na parcial de 2021, os valores atípicos somaram aproximadamente R$ 40 bilhões do IRPJ/CSLL (contra R$ 8 bilhões no mesmo período do ano anterior).
O aumento da arrecadação também aconteceu apesar das compensações feitas pelas empresas em seu pagamento de tributos terem avançado 14,4% no último ano, para R$ 216,312 bilhões, contra R$ 189,064 bilhões em 2020.
Explicação
De acordo com o secretário da Receita, Julio Cesar Vieira Gomes, o processo de recuperação da economia impulsionou a arrecadação no ano passado, além de um menor atraso no pagamento dos tributos pelas empresas do Simples Nacional.
“Tivemos um aumento muito expressivo [no recolhimento] dos tributos que incidem sobre lucros e rendimentos das empresas. Isso sinaliza que as empresas tiveram lucratividade crescente em 2021 (…). Tivemos também um aumento na renda das famílias, o IRPF teve crescimento de 25% dm 2021”, declarou.
Mês de dezembro
Somente em dezembro, ainda de acordo com dados oficiais, a arrecadação somou R$ 193,902 bilhões, com uma alta real de 10,76% na comparação com o mesmo mês de 2020 (R$ 175,068 bilhões, em valores corrigidos pela inflação).
De acordo com o órgão, o resultado é o maior para meses de dezembro desde o início da série histórica, em 1995.
Números da Receita Federal também mostram que a arrecadação voltou a se acelerar no mês passado, quando avançou mais de 10% em termos reais. Entretanto, não atingiu o aumento real que foi registrado em meados deste ano.
A Receita Federal informou, ainda, que as compensações feitas pelas empresas em seu pagamento de tributos ficaram estáveis em dezembro do ano passado, quando somaram R$ 19,704 bilhões. No mesmo mês de 2020, totalizaram R$ 19,586 bilhões (valor corrigido pelo IPCA).
Fonte: G1
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