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A Câmara Técnica do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) realizou, na terça-feira (13), a 5ª edição do Circuito Técnico. O tema trabalhado no evento foi “Relato Integrado (RI): norma em audiência pública”. O evento aconteceu de forma on-line, foi transmitido pelo canal do CFC no YouTube e reuniu um público com representantes de todas as regiões brasileiras.
A conselheira do CFC e coordenadora do Programa Circuito Técnico, contadora Ticiane Lima dos Santos, fez a abertura do evento. Na ocasião, ela destacou a finalidade desse ciclo de palestras. “A nossa ideia, quando surgiu esse programa, foi exatamente democratizar as normas e dar a possibilidade para que o profissional da contabilidade, um operador da contabilidade, consiga sugerir, comentar, intervir, e esta norma, em especial, encontra-se hoje em audiência pública. Então, você tem total liberdade de encaminhar direto para o Conselho Federal de Contabilidade a sua opinião, a sua sugestão”, explicou.
O conselheiro do CFC e membro do Grupo de Estudos (GE) do Relato Integrado (RI), contador Aloísio Rodrigues da Silva, foi o moderador do encontro e ressaltou a importância da participação dos profissionais da contabilidade para o aprimoramento das normas. “Nós queremos mesmo disseminar as normas que estão em audiência pública, como é o caso desta norma sobre o Relato Integrado. Ela está em audiência pública por 30 dias. Então, já está vencendo. Esperamos que, com esse webinar, nós esclareçamos algumas dúvidas e possamos receber, em nosso painel, do Conselho Federal de Contabilidade, sugestões de melhoria”, pontuou.
A coordenadora Operacional do GE do Relato Integrado e palestrante do evento virtual, contadora Vânia Maria da Costa Borgerth, esclareceu que as sugestões e os comentários sobre a norma enviados ao CFC não serão utilizados para modificar o escopo e os padrões do Relato Integrado, isso porque o documento trata de uma norma internacional e, nesse caso, as alterações poderiam ocasionar perda da aceitabilidade do RI no mercado internacional.
Borgerth informa os tipos de contribuições que podem ser recebidos e implementados. “Nós podemos sugerir como ele [Relato Integrado] deve ser divulgado, preparado, para o profissional lidar com essa norma. Também podemos comentar se é necessário afetar a formação dos cursos de Contabilidade ou haver eventos como este que possam preparar aqueles que já estão no mercado de trabalho para conhecer esta norma”, exemplificou.
O Relato Integrado
Durante o webinar, Aloísio Silva comentou que o RI é abrangente e envolve a conexão entre as diferentes informações e dados gerados por uma empresa. O documento também funciona como um diálogo entre as organizações e a sociedade. “O Relato Integrado é fundamental. É um processo que envolve toda a governança corporativa, toda uma estratégia de trabalho das organizações para que possam mostrar para o público, para as partes interessadas, como que geram valor em curto e longo prazos, a médio também, e como ela [a empresa] gera valor para dentro desse processo de sua produção, pontuou o conselheiro.
O RI engloba informações financeiras e não financeiras. Nesse sentido, também apresenta dados referentes a questões, como responsabilidade social, meio ambiente e governança. Em sua apresentação, Borgerth explicou a finalidade do material. “O que o Relato Integrado vem fazer é isso: não é criar um novo relatório, mas criar um canal de comunicação em que as informações financeiras e não financeiras estejam integradas, ou seja, que se possa evidenciar uma na outra. Não pode haver várias verdades; você tem que ter uma verdade que seja única”, salientou.
A contadora ainda falou sobre os impactos do RI para a empresa e para o mercado, sua aplicabilidade e seus benefícios, definindo que o documento “não é outro relatório. O Relato Integrado mexe com a forma com que a empresa se comunica com o mercado. Ele vai cuidar para que tudo aquilo que é comunicado pela empresa seja comunicado de forma integrada”.
O Conselho Federal de Contabilidade destaca que a minuta de Orientação Técnica OCPC 09 – Relato Integrado está disponível para comentários até o dia 26 de outubro, em audiência pública conjunta do Conselho Federal de Contabilidade, do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Para assistir à 5ª edição do Circuito Técnico, clique aqui.
Fonte: Comunicação CFC
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