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A Comissão da Mulher Contabilista do Maranhão tem a honra de apresentar a história de mais uma contadora inspiradora.
O projeto objetiva promover o aprimoramento técnico-cultural e desenvolver ações de incentivo a maior participação das mulheres contabilistas na vida social e política do país, como forma de destacar o papel e a importância da mulher no contexto social. Além de impulsioná-las ao empreendedorismo. Incentivar a participação da mulher no sistema CFC/CRC, em face da importante ação feminina do desenvolvimento da classe contábil e da sociedade.
Objetivos do projeto Inspire-se:
A entrevistada do mês de fevereiro foi com a contadora, empresária e secretaria Adjunta da Micro e Pequena Empresa da SEINC, Luzia Helene de Freitas Fonseca Rezende. Residente na cidade de São Luís – Ma, Luzia é Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade de Fortaleza- UNIFOR, turma 1989; pós-graduada em Auditoria pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e pela UNDB em Contabilidade Consultiva.
Das atividades desenvolvidas ao longo da carreira temos: vice-presidente Associação Maranhense de Distribuidores e Atacadista – AMDA; vice-presidente dos Assuntos da Mulher Empresária da Associação Comercial do Maranhão – ACM; presidente do Conselho da Mulher Empresária da Associação Comercial do Maranhão; diretora de Treinamento da CDL São Luis/MA; presidente da Associação Comercial do Maranhão – ACM; presidente do Conselho de Administração do Sicoob Norte Maranhense Conselheira de Administração do Sicoob Centro Leste Maranhense; secretaria Adjunta da Micro e Pequena Empresa da SEINC ; conselheira Fiscal do CEAP/MA e membro da Academia Maranhense de Ciências Contábeis.
Empresária – Casa Olivio,
“Quando você assume alguma liderança, seja em uma entidade de terceiro setor e ou na área pública, privada, e você é presente, trabalha. Ao estar à frente das ações o resultado positivo vem e dá certo.”
Luzia Rezende
A entrevista
1. Como foi a escolha da Contabilidade como profissão?
A família já tinha empresa e também já existia um certo conhecimento do que era contabilidade. Morava no Piauí e daí decidir ir para Fortaleza e estudar contabilidade com o objetivo de voltar e aplicar na empresa da família. Ajudar a família nos negócios.
2. Há quanto tempo você atua na contabilidade e qual a área especifica?
Desde 1989, como auxiliar em escritórios de contabilidade e depois em uma grande empresa ainda em Fortaleza. Depois voltei para a minha cidade natal e fui assumir uma gestão de uma filial da empresa da família. São 34 anos desde a graduação e que iniciei na contabilidade, mas hoje atuo na área pública e em gestão de empresa comercial.
3. A contabilidade no Brasil por muitos anos foi uma profissão exercida, predominante, por homens. Durante sua jornada profissional você encontrou alguma resistência por ser mulher?
Não. Acredito que o Incentivo e a Confiança do meu Pai, quando ainda estudante em me incentivar a resolver quaisquer problemas, me ajudou a me posicionar e enfrentar os desafios. E como fiquei pouco tempo diretamente como contadora subordinada a uma hierarquia, não senti resistência.
4. E no Terceiro Setor? Observamos que atuou como presidente e vice-presidente de várias entidades do Terceiro Setor e associativismo. Como foi essa experiência? A formação em contabilidade contribuiu para um bom desempenho nessas entidades?
Sim. São experiências bem gratificantes. Todas engrandeceram bastante a minha carreira e foi necessário aprender sobre associativismo, entidades sem fins lucrativos para que cumprisse com as obrigações assumidas junto a essas entidades. Todas foram alcançadas por eu ter uma presença ativa e contribuindo com um trabalho voluntario.
Todas foram trabalhando voluntariamente em paralelo a administração da empresa que mantinha o meu sustento e o meu salário.
E os conhecimentos de contabilidade e a experiencia como contabilista, serviu para melhor executar e planejar as ações transformadoras nas entidades. “Eu fui uma das fundadoras e responsável por trazer o SICOB para São Luis”. Isso é uma contribuição importante para sociedade. Atuando no conselho da Mulher também foi importante para desenvolver habilidades de lideranças femininas em frente as entidades. Enfrentei objeções e desafios? “Sim. Muitas, mas foram conduzidas na comunicação aberta e com ação. Eu sou muito de observar e fazer. De ação mesmo.
5. E na política? Como foi entrar nesse universo e como estar sendo o exercício na gestão Estadual como secretaria Ajunta da SEINC?
“Uma mudança brusca, em se fazendo um paralelo ao terceiro setor e a área comercial, outro desafio grande aonde foi preciso voltar a aprender novas funções e áreas, e ainda estar sendo um desafio. Desafio aceito e estou me empenhando para fazer o melhor e deixar um legado. Já estamos fazendo muitas mudanças levando políticas públicas de desenvolvimento local através do empreendedorismo em parceria com Estado, Prefeituras e mais o SEBRAE e com isso melhorando os indicadores do nosso Estado. Essa é uma missão. E em paralelo estudando políticas públicas para conseguir desempenhar um bom trabalho. Tocando a empresa em paralelo. A diferença que agora na secretaria não é voluntario, tem remuneração”.
6. Sentiu ou sente dificuldade, preconceito no exercício para profissão no cargo público?
“Preconceito não senti, existe ainda alguma resistência, mesmo que quase imperceptível, mas vamos conduzindo. A dificuldade maior foi em aprender no início os tramites da área pública e conseguir parcerias para desenvolver um trabalho que a sociedade possa sentir a presença do Estado e o desenvolvimento acontecendo. Mas aos poucos as coisas estão acontecendo”.
7. E como está sendo trabalhar em políticas públicas? (Políticas públicas são ações e programas que são desenvolvidos pelo Estado para garantir e colocar em prática direitos que são previstos na Constituição Federal e em outras leis. São medidas e programas criados pelos governos dedicados a garantir o bem estar da população). Nós contadores podemos trabalhar em políticas públicas de diversas formas. Eu trabalho em políticas públicas e você, como está sendo?
“Estar sendo gratificante. Observo que tem muitas oportunidades na política pública para todos e principalmente para nós mulheres que precisamos abraçar essa causa por melhorias nos serviços públicos. Como disse, o melhor projeto estar sendo levar desenvolvimento aos municípios através do empreendedorismo. Incluindo as pequenas empresas no processo de compras públicas e gerando empregos e renda local. Além da desburocratização nos tramites de abertura de empresa. Será levado para todos os municípios do Estado o projeto e esperamos ter excelente resultados”.
8. Estamos na era da tecnologia e por conta dos avanços dos últimos tempos muitos falam do fim da contabilidade. O que você pensa a respeito?
“Penso que a tecnologia é para ser um aliando e não para tirar trabalho da Classe Contábil. Exceto se nós não buscarmos nos capacitar melhor para sermos analistas. Exercer de fato nosso papel enquanto profissional. Analisar resultados.
9. O Brasil tem um número significativo de ME e EPP, que por sua vez não possuem a cultura de utilizar os relatórios contábeis para tomar decisões. A maioria deles solicitam apenas a folha de pagamento e cálculos dos tributos. Como é realizado, junto aos seus clientes, a conscientização da utilização peças contábeis para gerenciar a empresa?
A questão cultural e difícil de tirar e mudar. Mais não é impossível. Eu penso que só mudaremos através da educação. Ou com a fortes fiscalizações como já vem acontecendo.
10. O CFC e CRC fazem um bom trabalho no sentindo de valorizar o profissional contábil? Qual a sua visão sobre o sistema?
Todos os sistemas fazem um trabalho bom. Só precisam de alguns ajustes e continuarem sendo presentes no dia a dia dos contadores.
11. Quais sugestões de ações ou conteúdos que o CRC Mulher poderia colocar em prática?
A comissão vem desempenhando um bom papel, mas falta trabalhar mais na questão de transformar as mulheres em lideres; trabalhar as técnicas de negociações para a mulher saber se defender nos seus trabalhos e receber um valor justo por ele. Os homens contadores ainda continuam ganhando mais que as mulheres nos honorários de serviços. Incluir as mulheres e desenvolvê-las mais no ambiente tecnológico. É isso! Trabalhar liderança, negociação e tecnologia com as mulheres.
12. Como você faz para conciliar a vida profissional empresária, a vida como gestora no setor público, e a vida pessoal de mãe, mulher, esposa, conte pra gente!
Com um apoio de uma equipe que me ajuda nas tarefas diárias e mais a minha família que contribui muito. O meu esposo sempre gostou de me ajudar com as tarefas de casa, sempre esteve junto comigo, é organizado e isso me ajudou muito nessa minha trajetória. Eu também me organizo muito nas tarefas para dar certo. Quando os filhos eram pequenos era bem mais difícil, mas havia uma outra pessoa, mulher que muito me ajudou com os meus filhos, ela esteve junto comigo nas tarefas por anos. Hoje os meus filhos já estão adultos e isso facilita na questão tempo, e na vida pessoal e profissional.
13. Deixe sua mensagem para as mulheres que estão lendo, de modo que elas possam se sentir mais motivadas a seguirem na profissão!
Que mais mulheres se permitam serem desafiadas, buscar novos horizontes. Que entrem nas entidades, na política e exerçam um papel mais presente nas lideranças, Não fiquem apenas sendo lideradas.
Entrevistadora: Cont. Maria do Socorro PM da Silva e Cont. Claudia Patrícia Martins Fernandes, ambas membros da Comissão da Mulher Contabilista do Maranhão
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